(Texto em elaboração -sujeito a revisões)

Qual seria a característica do subdesenvolvimento político, econômico, local, e da patologia do poder autocrático, cultural, a qual pudesse ser expressa numa simples frase como essa:
"Aqui é assim. Cada um que chega quer o poder. Toma. E depois fica sem saber o que mais fazer... lá dentro... no palácio".
E lógico, para completar, também patologicamente presunçoso e arrogante, se acha suficiente. E cada qual, seu palácio.
Resta cada um repetir quanto já houve para confirmar "ser agora" sua vez... deslumbrar, mudar móveis, repintar paredes.
Ora, acontece que a potência do "Poder Sobre", essencialmente político torna-se patológica se despida da componente técnica, correspondente ao "Poder Para"; ambos são parcelas do poder humano em atividade, organizado em núcleo triangular com vértice encimado pela razão suficiente sobre tema administrativo preexistente desde quando a humanidade desceu das árvores. E depois passou a prover as necessidades sobre a face da Terra - sob potência própria, solidariedade, valor de troca [padrão monetário], poder acumulado correspondente. Valor medido em poder organizativo ["sobre"] somado ao poder realizador ["para"]. Eis Poder traduzido em moeda primitiva corrente, realizadora, simbólica. Eis comandado pela razão necessária e suficiente a prática social difusa e valor econômico produzido e retransmitido. Valor energético contabilizado. E eis, derivado, o poder da razão posta ao pódio por onde transita o valor negocial comum [eis o efeito poderoso dessa moeda com impulsão biológica - valor em poder somado] . E será do "poder para" a componente técnica desse poder exercido sob comando de razão comum [prevalecente] o complemento de poder indispensável para fazer-se o mover da coletividade. O tema da razão objetivada em ação pelas componentes do poder será assunto tratado escola de administração pública como função indutora e diretora de projeto histórico a cumprir sob planejamentos sucessivos. Eis pelos vértices o poder nucleado em componentes e finalidades, encimado nessa etapa da civilização pelo poder definitivo da razão [pura]; esta, entendida como a "ultima rátio" a expressar comando. E cumprir no agir comunicativo - proselitista - a razão do próprio poder. Para também depois, voz de comando e poder indutor de tendências e inflexões pela curvatura da história orientar ou reorientar os vetores do desenvolvimento. Tal assunto evidentemente será estudado no bojo das teorias de comunicação tratadas em escolas de administração pública para sanear patologias.
Nesse núcleo de poder assim entendido, o poder da razão suficiente, diretora, sobrepor-se-á às componentes do poder "para" e do poder "sobre" como vértices do núcleo triangular formado; onde na base contemplam-se os outros vértices: as componentes do "poder para" de um lado e "poder sobre" pelo outro, assim ladeados e, a acumularem em si a razão necessária. Enquanto ao vértice superior, localiza-se o poder da razão [suficiente]. Resta pois á sociedade prover projeto criador e história engenhada. E eis a administração pública a conduzir pela própria razão de ser o processo histórico correspondente.
O Sr. Platão em suas concepções de mundo achava que os filósofos é quem deveriam governar. Pois nada será mais necessário ascender ao governo senão a crítica sistemática, revisora, e a razão. E depois, para te-la capaz de se expor, inteira, pura.
Em atos de administração, o Sr. Hely Meirelles já deixou marcada [acima] em epígrafe no preâmbulo deste Blog, quanto essa razão necessariamente deve ser justificável no âmbito público. Assim como gestos e razões administrativas, sempre seriam expressões justificáveis.
Porém eis a patologia. A ânsia da componente política ["poder sobre"]. Poder "sobre" coisas e pessoas, limitado, não contiver, em dose equivalente, justa e necessária, a competência técnica ajustada ao comando da razão [dialógica, consenso do Sr. Habermas, suficiência do Sr. Kant] aqui lembrados entre outros colegas de "métier" do Sr. Platão. Evidentemente esses assuntos constituem matéria a ser tratada em Escolas de Administração Pública.
Pois eis, minorada a potência do poder realizador, total quando a ânsia política e despreparada ou insuficiente razão pela razão ética e potência inerente à técnica assoma ao vértice da razão superior. Rompe o equilíbrio dos poderes dispostos sob razão suficiente. E torna serva a componente ética original do "Poder Para", incapaz, porém de assumir a componente original dessa parcela do Poder. Incapaz da mesma objetividade. E ao ser menor [inferioridade em potência de razão capaz] quanto à potência materializadora e ["poder para"] poder disponível, circundante - sufocado no interior do triangulo original sob razão excedente, disponível. E ética inerente, razão do poder.
E não faltam exemplos para conferir quanto o ente patológico ansioso pelo poder despreza a necessidade da técnica - pelo quanto desconhece. E no entanto, apesar da insuficiência própria, se crê suficiente. E autoritário se dispõe pelo "cume" da razão.
Evidentemente o triângulo se torna deformado. E a razão antes localizada no vértice superior se abate em altura.
E a ex-razão [suficiente] se torna insuficiente para se justificar. Eis o faltante. O "déficit" da ex-razão suficiente anterior.
E o "poder sobre", perdida em objetividade a parcela [inicial] preenchida pelo "poder para", reduz a potencia original, disponível do poder.
E o torna ineficiente [Eis no Brasil: contraria o Art. 37 constitucional].
No limite, perdida a potência [técnica] construtiva do "poder para", o poder "sobre" [político], se torna ao fim poder "para nada". Fim em si mesmo. E a perpetuação se torna meta administrativa a ser intentada contra o "poder para" resiliente. Eis [potência] poder dissipado. E dissipar essa parcela [inerente à razão suprimida ou reduzida] via de regra se torna obsessão perpétua do ente poderoso imaturo, inseguro [porém autocrático]. E será meta administrativa íntima, patológica, secreta [pois não há razão suficiente]. Eis a finalidade em si mesma perder-se em desvios, corrupções, sigilos e poder tirânico desabusado ao ponto de negar certidão sobre ato administrativo motivado. Exemplarmente, em contrário ensinado pelo Prof. Meirelles em seu livro [Direito Administrativo Brasileiro]. Evidentemente em Escola de Administração pública, firmam-se tais exemplos como indispensáveis ao saneamento das estruturas do poder no interior dos processos de educação. E principalmente quando ao poder se atribuem propósitos de emancipação da própria humanidade e, a realização das utopias como atos administrativos e metas de governos sob propósitos libertários.
Pois nesse modelo de poder e desenvolvimento emancipador, haverá a superposição da razão ao vértice do triângulo das relações internas do poder total, amadurecido no tempo e na história [humana] pela própria experiência e, de outra parte, pelo desmanche de ficções e alienações de valor. Onde por sinal acima das "mãos invisíveis" se instale a "cabeça pensante", organizadora e planejadora. Cabeça portadora da razão permeada pela crítica necessária, estabelecida, dialógica, suficiente, posta desta vez ao comando das tais "mãos invisíveis". Estas, no caso, localizadas pelo agir comunicativo e operacional das duas componentes: poder "sobre" {necessidade sistêmica correspondente à organização social e política} e, poder "para" {necessidade também sistêmica correspondente ao desenvolvimento social e econômico}.
Pode-se considerar o chamado "poder sobre" coisas e pessoas. Ou seja uma espécie de poder [disputado] pela ambição, e cobiça política pela organização [estrutura] para dar mobilidade ao corpo social circundante. E de outro lado pode-se considerar o "poder para" . Ou seja, o poder para cumprir o objetivo pela técnica [inerente] aplicada. A soma dessas duas componentes do poder, por fim resultam no poder humano capaz ou incapaz de organizar a vida, conforme haja a preliminar de consenso sobre planejamento. Este lapidado pelo preparo [educação para o poder] e legitimidade original, para haver cumprimento ético. E haver a nobreza em propósito e aplicação inerente ao próprio poder. E deste por fim, sobreleva-se a consciência amadurecida, histórica e, a heurística do próprio poder. Assim a humanidade firma-se por sua experiência e acúmulos [históricos] em ciência, filosofia e tecnologia cumulada pela arte.
Esse seria na soma das intenções colocada sob crítica e auto crítica ao próprio poder.
E no caso restrito da administração pública ou âmbito privadas, serem o espelho da legitimidade sob o à priori do mundo circundante. Onde afinal existe estabelecido o Estado. E Poder de Estado.
Então, restaria a esse poder, desde quando alguém se elege sob forma legitimada, cumprir programa de compromisso anterior. Expor e conferir o planejamento. Conferir o potencial da organização. E da disponibilidade [humana e material] para cumprir objetivo, além do conhecimento tecnológico e ética vinculada. Pois eis, isso é assunto a ser tratado em Escola de Administração pública.
E Inconfidentes é lugar ideal para fundar-se a segunda Escola de Governo no Estado de Minas Gerais. Onde se pretende, o poder se aprende. Ensina e educa.
Porque, no caso existe a necessidade de haver nova escola onde a Educação Para o Poder seja matéria objetiva e identificadora do que, enfim, seja legítimo ou ilegítimo. Portanto eis o código Ético, no caso dos funcionários públicos. Aliás, acessível pelo link [direto] da Presidência da República a propósito desse assunto [ética] encontrável na coluna ao lado abaixo título "Links Selecionados" (confere-se portanto razão oficial e motivção pública).
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Para o mundo em transformação enfim mover-se, será indispensável ao conjunto social circundante que o "poder sobre" seja capaz de estabelecer a rede de comandos como organismo materializador pela massa movente comandada, submissa à razão [suficiente] tida a priori.
E é indispensável que exista simultaneamente ao "poder sobre", o "poder para" para enfim conferir finalidade ao "Poder". Os nossos psicanalistas sociais, o Dr. Fromm entre os mais lembrados pelo assunto, já diagnosticaram: a forma mais perversa de exercício de poder, ocorre quando o "poder sobre" [essencialmente político] se sobrepuja e anula o "poder para" [essencialmente técnico]. E assim permanece a satisfazer-se, perdido de sua finalidade legítima, para tornar-se ociosa finalidade em si mesma. Apenas o poder pelo poder. E geralmente também observado, quanto mais perverso e danoso se torna o ente poderoso, quanto mais se arroga à suficiência se ignorante e presunçoso.
Pois eis na paisagem comum do poder imaturo situar-se o pretenso iluminado na Terra. Enquanto lá fora enquanto por achar por bem, a mediocridade impera pelos resultados difusos alcançados em cultura social e estrutural subserviente. Pois enquanto o "poder sobre" [político] apenas se limita a coisas e pessoas, é da técnica e pela essência o "poder para" criar, "poder para" organizar... "poder para" planejar... "poder para" construir...
Então a administração pública terá de estabelecer planejamento. Exercer a componente do "poder para" e, por ele ajustar o corpo administrativo à necessidade materializadora, quando o "poder sobre" atende à demanda do "Poder para" planejar.
Enão se pergunta, por exemplo: como será Inconfidentes daqui a 30 anos?
Pode continuar como está?
Pode crescer de qualquer jeito?
Onde está o planejamento de Inconfidentes?
Então, por esse motivo Inconfidentes se torna local ideal para aproveitar o modelo reduzido e, em Escolas de Administração Pública ensinarem e tornarem-se didáticas ações locais em planejamento e organização.
Então será preciso educar-se o poder pelo corretivo da crítica e autocrítica sob o pleno da democracia. E aí, finalmente, o poder e o agir comunicativo precisam conferir ética e discurso.
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Em Escola de Administração pública, esses assuntos serão abordados em forma concepções de poder, no caso o livro do Prof. Hely Lopes Meirelles deve tornar-se "livro de cabeceira" do administrador público.
Pelo menos para não ter-se de novo de perguntar: qual característica melhor expressa a patologia de poder numa Escola pública? Onde se faz concurso público à portas fechadas.
Não é para manipular para escolher o candidato mais "ajustado", solícito e subserviente ao exercício do "poder sobre"?
E não é por esse motivo que se inaugura a insegurança se a cada dois anos pode ser "descartado", se não for servo obediente? E isso é política educacional que se apresente ou é patologia a ser identificada - agora em proveito pedagógico?
Pois o Prof. Meirelles chama isso desvio de finalidade e abuso de poder - adrede fixado em edital.
Como pode uma escola ser saudável se a crítica mesmo potencial é banida? E o resto é o "poder sobre", incapaz de sobrelevar seu próprio "poder para" tornar-se inseguro ante o potencial do maior "poder para" alheio. E estruturalmente ir-se esconder através de manifestações ostensivas destinadas a intimidar o crítico recalcitrante.
Como a crise de poder e a catarse são positivas para amadurecimento do próprio ente "poderoso", no reverso [ausência de "crises"] a mediocrização estrutural decorrente da subordinação à margem da crítica será assunto também a ser discorrido em curso de administração pública em análise e prospecção histórica.
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Como campo de estudos, a vantagem do modelo local é o teatro reduzido municipal e federal aqui observado à olho nu.
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