(Eis campo fértil para estudiosos em patologias de poder e teorias da comuinicação!)
(Texto abaixo na íntegra)
http://www.mch.ifsuldeminas.edu.br/attachments/article/450/Carta%20aberta%20%C3%A0%20comunidade%20do%20Campus%20Machado%20final.pdf
Estava aguardando a decisão da Plenária do Comando Nacional de Greve e a Assembleia do Campus Machado para me manifestar. Posicionei publicamente (em nossos meios internos e na imprensa local) a favor das reivindicações e por considerá-las justas, me empenhei pessoalmente nas negociações para que estas fossem contempladas, acreditando que ninguém, em tese, gosta da utilização do de uma greve, ou seja, ela é um instrumento último de pressão de movimentos organizados.
Sou o representante do CONIF – Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para assuntos de carreira e em nome dele, me dirigi três vezes a Brasília, juntamente com a direção do Conselho, para reunirmos com o Comando Nacional de Greve e com o Ministério da Educação, na busca de entendimento.
Sempre ficou claro que a pauta de reivindicações financeiras é de responsabilidade do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e o governo deixou de negociar com o SINASEFE e com a FASUBA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras) quando estes abandonaram a mesa de negociações. Outro fator importante é que, a partir de 31 de agosto (data final para alterações da LOA – Lei Orçamentária Anual) não há mais possibilidade constitucional de ganhos financeiros em 2012, portanto, ainda que houvesse negociação, neste momento não existem mais meios legais para o atendimento das reivindicações financeiras para o próximo ano.
No que diz respeito aos pleitos não financeiros, entendo que houve avanços significativos na proposta do MEC em todos os pontos demandados pelo SINASEFE (conforme aponta o Boletim nº 16 do SINASEFE). Entre eles a criação de dois grupos de trabalho (envolvendo MEC, SINASEFE, Conif e MPOG), um para elaborar uma proposta de reestruturação das carreiras (docente e técnico administrativo) e outro para decidir sobre assuntos urgentes como a democratização nos Institutos Federais e auxílio transporte, entre outras reivindicações.
Só quem viveu outros tempos sabe o quanto este governo e o anterior têm adotado posturas avançadas nesse sentido. Nas duas últimas reuniões com o MEC (na presença do Ministro) ficou claro, no entanto, que todas essas propostas valeriam até a realização da 103ª Plena do SINASEFE voltaríamos à “estaca zero”, ou seja, todas as reivindicações negociadas deixariam de ter validade, caso o Comando optasse pela radicalização e continuidade da greve.
No que diz respeito às demandas internas pautadas pelas seções sindicais dos Campi paralisados, recebi em meu gabinete no dia dois de setembro, sexta-feira, representantes dos Campi Machado e Muzambinho. Relatei os fatos ocorridos em Brasília, o que acredito deva ter sido apresentado nas respectivas Assembleias. Em função dessa negociação, reuni na segunda-feira, cinco de setembro, o nosso DGP (Departamento de Gestão de Pessoas) para tratar dos pleitos apresentados pelos representantes, e no dia 08 de setembro, quinta-feira, durante reunião do Colégio de Dirigentes, iniciamos a discussão sobre o organograma do IFSULDEMINAS, também pleiteado pelos representantes. Ou seja, todas as reivindicações foram atendidas de imediato.
Em virtude da radicalização do movimento (Cenário A, conforme apontado no mesmo Boletim do SINASEFE) e a permanência da greve, aguardarei um posicionamento do CONIF quanto à continuidade ou não como mediadores entre o Governo e o Comando Nacional de Greve. No entanto, considerando o posicionamento do MEC, é pouco provável que isso aconteça. Internamente, é óbvio que a continuidades das negociações se darão apenas com os Campi em atividade, pois acredito, assim como o Ministro, que o máximo possível foi feito até aqui.
Independente dos rumos que o movimento venha a tomar é importante que fique claro à Comunidade que a decisão pela radicalização é de inteira e absoluta responsabilidade do Comando Nacional de Greve e da Assembleia Geral dos Campi, assim como as possíveis consequências de seus atos e ações.
Sérgio Pedini
Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais
Comentários:
1 - O magnífico reitor, subserviente como sempre, apenas se diz intermediário a invocar "poder superior" de suzerania ministerial para negar reivindicação subalterna.
2 - E interna corporis, enquanto poderoso "representante governamental" responsabiliza o administrado (Campus Machado) pelas "consequências", enquanto como administrador não é responsável por nada, sequer pela omissão. E como todo autoritário subserviente ao suzerano taxa de "radical" todo subalterno participante de greve. E se dispensa de qualquer pensamento de raiz. Depois de responsabilidade.
3 - E depois, externa corporis, pela falta de seriedade e honestidade no exercício do próprio cargo que não sabe honrar. Para terminar sem credibilidade. Como crer em reitor que age de má fé, adultera documento e falsifica verdade até diante do Ministério Público (P.I.C. 1.22.000029/2011-91 - PRM/PSA) ?
4 - à guiza de confissão da própria inépcia, causa espanto a alegação de só agora, depois da greve é que atinou em criar grupo de trabalho para "elaborar uma proposta de reestruturação das carreiras (docente e técnico administrativo) e outro para decidir sobre assuntos urgentes como a democratização nos Institutos Federais e auxílio transporte, entre outras reivindicações". Ora veja!!!
5 - Tão autoritário como sempre, termina ameaçador com a última frase:
"Independente dos rumos que o movimento venha a tomar é importante que fique claro à Comunidade que a decisão pela radicalização é de inteira e absoluta responsabilidade do Comando Nacional de Greve e da Assembleia Geral dos Campi, assim como as possíveis consequências de seus atos e ações". Vê-se que nese IFSULDEMINAS, só não é responsabilizado que pratica chantagem, extorsão, falsifica ofício, adultera documento, insere falsidade em telegrama de reitor e esconde atas de reunião do conselho superior e, participa de quadrilha ao redor do poder... Mas quem faz greve... é responsabilizado pelo magnífico reitor - quem depois disso não se responsabiliza por mais nada!
6 - Ora veja só! Só não se lembrou da própria omissão, do autoritarismo e do próprio despreparo.... também casuador da greve!
7 - Eis campo fértil para estudiosos em patologias de poder e teoria da comunicação!
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